Prevenir é o melhor remédio. Assim é iniciado o assunto quando se discute qualquer doença. Nesse sentido, não poderia ser diferente quando colocamos em foco a mais devastadora de todas as doenças. Trauma. A prevenção do trauma é tão importante quanto o seu atendimento e igualmente complexa.
Para dimensionar a magnitude da prevenção podemos utilizar como referência os dados da National Association of Emergency Medical Technicians, os quais apontam que 50% dos óbitos ocorridos por colisões automobilísticas acontecem dentro dos primeiros minutos após o impacto, impossibilitando a viabilidade de atendimento médico. Fica claro que, com a prevenção de colisões de veículos automotores, a perda dessas vidas poderia ser reduzida.
A prevenção deve ser direcionada como uma das soluções para evitar o trauma. O objetivo dos programas de prevenção é propiciar uma mudança no comportamento e no conhecimento da sociedade contemporânea e não apenas tomar medidas ocasionadas pelo acontecimento. A mudança das atitudes de um segmento da sociedade é sempre difícil, mas não uma utopia. “Qualquer modelo que se disponha a obter um trabalho eficaz em prevenção requer tempo. Para que haja resultados visíveis nos comportamentos das pessoas requer pelo menos uma geração.” (Mir, 2004).
No Brasil a prevenção de trauma ainda esta na fase inicial e não dispõe de um modelo adequado. A atuação em áreas educacionais, pedagógicas, econômicas e sociais é escassa e o foco é na vigilância e controle. Por exemplo, a polícia no Rio de Janeiro promove um controle ostensivo da criminalidade, porém usando violência física e psicológica. A quase ausência de palestras educativas para jovens sobre violência e criminalidade e suas conseqüências permitem a desconexão do trauma da violência. Desse modo fica fácil entender porque 70% das vítimas baleadas que chegam até as emergências são jovens. Prevenção é a solução!
Por onde começar?
A prevenção de trauma deve ser iniciada pela educação em massa da população, adicionando-se aos currículos escolares programas de primeiros socorros e prevenção de acidentes. Tais mudanças no ensino devem ser estendidas até a formação dos profissionais de saúde, incluindo a prevenção de trauma como cadeira obrigatória e relacionando melhor os aspectos sócio-econômicos com a incidência de trauma na sociedade. A incorporação da prevenção de trauma nos sistemas de saúde, como a distribuição de material educativo para os indivíduos que recebem tratamento médico.
A união de todos esses caminhos pode levar a diminuição significativa de mortes ou lesões permanentes causadas por trauma. Refletindo em uma população mais saudável e produtiva.
(Por Paulo Pepulim)
Para maiores informações conheça o Projeto Trauma.
2 comentários:
Visitando vários fóruns e blgs, bralsileiros, verifiquei que é praticamente ZERO a menção do termo medicina tática ou enfermagem tática, relacionado as discussões sobre o TRAUMA.
Em um pais como o Brasil, onde os indices de violência Urbana e rural saltam dos marcadores de referência, isso chama a atenção sobre o fato de não se ver discussões ou abordagens desses temas pelo ponto de vista da MEDICINA TÁTICA.
Acho que isso ocorre primeiramente pelo desconhecimento dessa especialidade e tambem da generalização a que se aplica o termo trauma e emergência médica.
Porem considerando que nos profissionais de saúde não podemos ficar alheios aos novos conceitos e especialidade emergentes, sob pena de nos tornarmos desatualizados, por isso convido a todos a incluir os temas MEDICINA TÁTICA, ENFERMAGEM TÁTICA E APH TÁTICO em seus dicionários pessoais e tambem nas discussões envolvendo por exemplo:
Traumas por PAF ( projetil de arma de fogo), facadas, explosões, agressões relacionadas a assaltos, sequestros ou confrontos entre profissionais de segurança pública e criminosos.
Todos esses elementos citados, são objeto de estudo e analise da MEDICINA TÁTICA.
Visitando vários fóruns e blgs, bralsileiros, verifiquei que é praticamente ZERO a menção do termo medicina tática ou enfermagem tática, relacionado as discussões sobre o TRAUMA.
Em um pais como o Brasil, onde os indices de violência Urbana e rural saltam dos marcadores de referência, isso chama a atenção sobre o fato de não se ver discussões ou abordagens desses temas pelo ponto de vista da MEDICINA TÁTICA.
Acho que isso ocorre primeiramente pelo desconhecimento dessa especialidade e tambem da generalização a que se aplica o termo trauma e emergência médica.
Porem considerando que nos profissionais de saúde não podemos ficar alheios aos novos conceitos e especialidade emergentes, sob pena de nos tornarmos desatualizados, por isso convido a todos a incluir os temas MEDICINA TÁTICA, ENFERMAGEM TÁTICA E APH TÁTICO em seus dicionários pessoais e tambem nas discussões envolvendo por exemplo:
Traumas por PAF ( projetil de arma de fogo), facadas, explosões, agressões relacionadas a assaltos, sequestros ou confrontos entre profissionais de segurança pública e criminosos.
Todos esses elementos citados, são objeto de estudo e analise da MEDICINA TÁTICA.
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